Peço desculpas aos especialistas em medicina ou psicologia, uso o termo “síndrome” numa acepção popular, da doxa, sem qualquer conotação científica, já que não estou qualificado nessas áreas. Mas, sendo uma palavra – e a minha área de estudos é a linguagem –, me aproprio de “síndrome” com o significado simples que nos revela o Aurélio: aquele conjunto de sintomas ou sinais associados que podem ser produzidos por uma ou mais causas, por uma alteração genética, ou por uma condição crítica, que pode despertar reações diversas.
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Estereótipo do macho Veja - Caçadores de Neura em Funk Ostentação no Youtube |
Hoje, o homem é chamado a participar daquilo que, antes, era chamado de “coisa de mulher”: o cuidado com a casa e com os filhos. Apesar de existirem iniciativas que discutem o fato de que Eles também criam e a questão para a Nova masculinidade, duas matérias publicadas pelo jornal espanhol El País, a resistência é grande e ainda há muito caminho a seguir na discussão para uma mudança de mentalidade. O fato é que essa resistência é resultado, sintoma, da síndrome do macho.
Ao meu ver, essa síndrome – e sua variação, a Síndrome do Macho-Alfa (basta olharmos para o recente aumento dos relatos de estupro) – é a responsável por grande parte da violência no mundo. Como nunca fui dado a arroubos de supermacho, sofri (e ainda sofro) com sua violência. Vejo mulheres e muitas minorias (incluindo aí os homens delicados e gentis) sofrerem com a violência. Mas não é meramente uma violência física, aquela visível e explicável. É uma violência no nível do simbólico, que corrói as esperanças, destrói autoestimas, tolhe direitos, subjuga e domina. Quando se percebe, já fomos emaranhados e estamos preso na arapuca armada com disfarces de naturalidade e de normalidade.
Para que o mundo melhore, seja menos violento, precisamos buscar um novo paradigma de masculinidade, que não almeje a dominação e o poder (se é que isto seja possível) - é preciso formas mais amenas de dominação e poder... As estruturas atuais já não cabem mais.
E vamos à luta! A minha, vem pela exposição de minhas ideias.
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